Nem vou me repetir sobre o quanto ando cansada, pois me canso de mim mesma. Segunda-feira fizemos 1 ano de casados, gastamos um tutu num restaurante chinês metido a besta mas nem tão bom. Foi divertido mesmo assim. Mas o legal mesmo é que no domingo pedalamos na Cycle Classic e--PASME--ganhamos em 1º lugar na categoria tandem (aquela bicileta de dois lugares)! Eu poderia esconder o fato de que fizemos apenas 30km, mas honestamente nossa tandem além de ser marcha simples é um modelo velho que não tem nem como dar idade. A bicha é pesada que só vendo. Haja pernas! Portanto eu não teria cacique pra fazer 65km, nem sequer imagino cruzar 100km naquela relíquia. 30km foi lindo, e no final ainda saímos com medalhinha. E pernas cansadas. Foi uma linda comemoração deste 1 ano que se passou.
On another note--
Porque eu estou assim cheia de tempo nas mãos (existe este modo de falar?), resolvi fazer um blog sobre as aventuras em nossa babel particular (foi mais ou menos assim que alguém a denominou recentemente). Bicicleta-Bicycle-Basikela. Raising a baby in Portuguese, English and Oshivambo (for now). Já há algum tempo venho pesquisando como é lidar com mais de uma língua em casa. Primeiro porque inglês é a língua predominante (que eu e Michael falamos entre nós, língua oficial da Namíbia, será língua da escola), segundo porque tem uma terceira língua em jogo (Oshiwambo, que é língua da Maria), terceiro porque pro português vingar, a batata quente tem que ser descascada por mim mesma, solita. A Maria fala inglês, mas não muito bem, e de certo modo achamos que poderia ser bom pra Julia aprender uma língua que é tão absurdamente diferente das latinas ou anglo-saxônicas. A lógica é que pode lhe dar uma outra forma de estruturar o pensamento, e isso soa interessante. Mas enfim, como eu sou meio ansiosa (ah jura!), tome pesquisa. Me deparei com bastante food for thought, mas o mais legal foram os blogs de famílias que estão em situações semelhantes--ou muito mais complexas. Achei o maior barato a idéia de registrar o desenvolvimento linguístico de um bebê bi/tri/multilíngue (acho que a trema caiu, certo?). Nos blogs que ando lendo há pérolas fantásticas.
Ainda que esteja um pouco cedo, tenho percebido que já há coisas pra registrar, retalhos que com certeza no futuro farão sentido (Por ora são apenas corujisse de mãe -- mas hão de fazer sentido!). Então aí está: o blog. Vejamos se consigo atualizar. Optei em fazer em inglês apesar de não ser uma decisão assim tão fácil--afinal, estarei me expondo com todos os meus artigos mal colocados, verbos mal conjugados, e sentenças que não fazem o menor sentido. Mas o fato é que como "pesquisa aplicada", achei que seria mais útil estar em inglês, pois assim me possibilita trocar experiências com outras pessoas que vivem a mesma situação, mas em línguas/países/culturas diferentes. O inglês tá muito mais pra língua franca do que nosso portuga... de modos que... não se chateie. ;-) Se quiser ler (e dar pitacos), fique à vontade. Está sendo legal.
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Um comentário:
Oi Clarisse,
Achei seu blog por acaso e gostei muito!!
Eu tenho uma filhinha mais ou menos do tamanho da sua e ja pensava nesse dilema dos dois idiomas desde antes dela nascer (eu e meu marido somos brasileiros vivendo no Brasil, mas ambos bilingues). Fiz uma disciplina no mestrado em linguistica que explicava bastante sobre aquisicao de linguagem nestes casos. Vou ver seu outro blog e espero que possamos trocar umas ideias. Bjo!
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