20 abril 2006

glup glup

Desde que cheguei em Maputo que não parei um minuto. Roda-viva total.

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Trabalho, supermercado, aulas de changana, cozinhar toda noite para não se entupir de sanduíche. Escritório de 8 da manhã às 7 da noite. Quem precisa de ir ao salão de vez em quando?

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Estou escrevendo um paper para uma conferência sobre gênero, transporte e desenvolvimento que acontecerá em Port Elizabeth (África do Sul) em agosto. Ou seja, tenho que mudar totalmente o mindset e me reencontrar no mundo acadêmico. Um desafio neste momento... tenho que admitir. Mas muito animada.

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A internet não tem ajudado muito – demorei 3 dias para dar upload nas fotos da Namíbia. Mas estão tão liiindas...

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São 5 os livros que ando tentando ler, tudo de forma desordenada e caótica. Um lindo romance A fazenda africana (a história do filme Out of Africa, um dos meus favoritos desde sempre). Outro Women in Southern Africa, com artigos, entrevistas e cases de mulheres em diferentes países aqui no canto de baixo do continente. Weapons of the Weak: Everyday Forms of Peasant Resistance, que me acompanha desde Londres e analisa movimentos camponeses. Já empacado há algum tempo (ai, sentimento de culpa maldito), apesar de interessantíssimo. Down and Out in Paris and London, do George Orwell, que eu não deveria ter começado antes de ter terminado algum outro, mas não aguentei de curiosidade. E finalmente Histories of Namibia: Living Through the Liberation Struggle, que também comecei de forma irresponsável... parte da minha ansiedade sobre entender mais sobre o que ando vivendo.

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Hoje é um daqueles dias que me sinto afogando, tentando achar a borda, um galho, uma pedra, ou algo que valha para me sustentar. Mas sabe... para falar a verdade, eu ADORO me afogar de vez em quando. Fico produtiva de dar gosto.

Um comentário:

Nkhululeko disse...

Bom trabalho e boa sorte.