03 maio 2007

noites perdidas

Eu não durmo mais de 2 horas seguidas numa noite. Levanto para ir ao banheiro, devaneio sobre os sonhos que acabo de ter, levanto pra comer, mudo de posição mil vezes, o nariz entupido, a queimação no estômago, banheiro de novo. E de novo, e de novo. É assim agora minha rotina. De tarde, mal consigo andar de tão cansada e preguiçosa e molenga. Como trabalho bastante em casa--e geralmente estou sozinha--tento fazer meu trabalho rapidinho para tirar 1, 2, 3 sonecas. A vida de cabeça pra baixo. E a barriga cresce, ainda não sei exatamente do que, considerando que o Peanut ainda é muito pequenino. Mas a verdade é que eu sei. É porque come-se. Muito. Inacreditável. Nem vale a pena explicar o tanto. Mas voltando aos sonhos. Os sonhos são assim... intensos. Vivos. Coloridos. Cansativos. Ando exaurida em função dos sonhos. Não há mente que aguente. Tudo e todos vêm e vão. Sonhos de terror, sonhos bonitos, sonhos com amigos antigos que eu já nem me lembrava mais, sonhos com amigos recentes, sonhos com famílias, sonhos em que corro. Uma loucura. Acordo após cada sonho e fico um tempão tentando entender, interpretando, planejando cartas para os protagonistas, cartas imensas escritas a mão. Fico horas assim, imaginando o que escrever para cada um daqueles amigos que de repente entraram na noite, e depois de manhã já nem um parágrafo besta consigo pensar. Viro para o lado, durmo, e lá vem outro sonho maluco. Acordo. Fome de novo. Muita fome. E banheiro. E assim vai indo, eu perdendo as noites que um dia pensei serem minhas. Vixe maria, haja oxigênio.