01 novembro 2007

Ontem, hoje e amanhã

** Os resmungos **

Você sabia que requeijão é coisa de brasileiro? Pelo menos eu acho que é, pois nunca-nunquinha vi requeijão em outro canto do mundo. Cara, dá uma dó. Então estou eu aqui, no meio da minha tarde de leseira, com desejo de comer goiabada com requeijão. Considerem que é desejo de gravidíssima, o que faz a situação ficar ainda mais cabeluda. Abro o armário e vejo minha linda, deliciosa goiabada cascão, um dos quitutes recém chegados. Abro a geladeira e blah. Mozarela. Cara, goiabada com mozarela não tem a menor graça. Dá até tristeza e, de certa forma, a mozarela estraga a goiabada. E na verdade, qualquer outro queijo aqui teria o mesmo efeito brochante. Portanto, meus caros, lhes peço. Cada vez que abrirem suas geladeiras e avistarem um potinho de requeijão reconheçam a situação de sorte plena na qual se encontram (o mesmo vale para queijo minas e catupiry, e nestes casos de forma ainda mais zelosa e respeitosa).

** As chuvas **

E as chuvas chegaram. Chegaram junto com nossas famílias, um dia até abrimos uma champagne e fomos brindar um rápido temporal no quintal de casa. O Michael leu em algum lugar (coisa de disse-me-disse) que há boas previsões de chuva para este ano, o que é uma bênção. Ano passado foi uma secura. Daí que deu zebra em todas as plantações, bichos morrendo, aquela coisa. Nesta semana tem chovido todo dia. Uma horinha, no fim do dia. Uma chuva até fortinha. Ótimo pra terra, ótimo pra gente também porque dá aquela refrescada básica.

** Os pais do Peanut **

Atividades intensas dos últimos dias (Clarisse, a mãe): lavo, passo, dobro. Digo 'aí que lindo, imagina um corpinho deste tamanho'. Organizo tudo numa gaveta. Mudo tudo pra outra gaveta. Passo horas escolhendo sabão em pó. Compro vários pacotes de prendedor de roupa. Re-organizo os armários. Separo as roupinhas que são para quando o bebê for maior. Mudo as roupinhas de lugar. Decido lavar as roupinhas ainda que não sejam usadas por 6 meses. Lavo, passo, dobro. Penso se não é preciso lavar novamente. Separo roupinhas por cor, tamanho, tipo. Lavo algumas coisas pela segunda vez.

Atividades intensas dos últimos dias (Michael, o pai): decide que não vai comprar um suporte para trocador pois ele quer construir um. O mesmo com o baú de brinquedos, o abajurzinho de elefante, as estantes dos armários e as para livrinhos. Sai pra comprar pecinhas e demais utensílios. Desenha, mede, corta madeira. Abre as caixas de ferramentas com máquinas e todas as parafernálias imagináveis no meio do jardim, deixa ferramentas espalhadas por todos os cantos. Corta madeira e conclui que o tamanho foi errado. Corta novamente. Percebe que comprou peças do tamanho errado. Vai novamente na loja. E novamente. Reforma os armários e coloca pelo menos umas 5 estantes a mais do que o necessário (foi erro meu e, juntos, admiramos armários cheios de estantes vazias.). Me ensina a pintar as estantes sem parecer trabalho porco. Sonha em comprar (ou construir) um móvel que é meio estante meio baú de brinquedos, em forma de elefante (algo que ele viu algum dia em algum canto do país).

** A tarde de tédio **

Tédio. É o dia de hoje. No qual eu deveria estar atoladésima de trabalho pois amanhã é meu último dia antes da licença. Mas, porém, no entanto, como já decidi que passarei as próximas semanas terminando o trabalho aos pouquinhos, de casa, gerei uma tarde de tédio. Total e absoluto. Acho que vou passar roupa.

2 comentários:

Ana Roberta disse...

a ansiedade manda avisar que também vem em formas de lavar e passar e organizar. :)
coisa boa essa ansiedade...

e sobre requeijão... bem... você soube das últimas notícias sobre leites e derivados, aqui no Brasil?
pois é... melhor nem pensar em comer.

beijos e boa sorte!

Aichego disse...

Que gostoso. Que gostoso...
A antecipação, o ritual, o tédio, a chuva e a familia. E a espera de mais um para a familia. E a espera. e um dia depois do outro. Contagem regressiva. 30 dias, 29, 28... para o dia em que tudo vai mudar.
Que gostoso, que gostoso!