11 janeiro 2010

de ferias

Aproveitando MUUUITO ferias na Australia, super inspirada pra postar mas na buena, vontade zero de ficar na frente do computador... portanto quando eu voltar pra casa, promessa. Lingua inglesa DOMINA minha filha, vocabulario expandido, coisa linda de ver. Fevereiro no Brasil tera que compensar! Comprinhas, muita comideira, horta no quintal, dias de bater perna em Melbourne, outros de fazer nada em Gippsland, nao da pra reclamar. Mas amanha partimos para nosso trajeto de 26 horas ate chegarmos em casa. Haja livrinhos de colorir! Ainda nao consigo nem IMAGINAR que tenho minha listinha de pendencias emergenciais relacionadas a trabalho quando chegar. Portanto vou pra rua aproveitar meu ultimo dia em aussie land. beijo-tchau. Ate!

Ah, sim - feliz 2010 pra todos nos!

4 fotinhos aqui, em breve postarei milhares.

30 novembro 2009

o fish que é um peixe que é um fish


Julia adora fish. E peixes. Por isso gastamos nossa manhã de sábado fazendo o bolo pra sua festa de aniversário, um peixe lindo. Fiquei boba de ver, afinal virei mesmo uma boa boleira. Tão bom passar uma manhã fazendo algo desafiador (para pessoas meio lesa na cozinha como eu este é um grande desafio), só pra ver sua menininha sorrir e bater palma! Delícia. A festa foi um sucesso, depois mostro fotos. Mas infelizmente a miúda ficou muuuito elétrica, e acho que por isso caiu doentinha. Sua primeira inflamação de garganta, com direito a antibiótico e tudo. Dá dó... pelo menos seguramos 2 anos sem remédios além de paracetamol... Bem vinda ao mundo da medicina...

22 novembro 2009

quantos anos vc tem? "doix"



Nossa pequena Ovambo, com 2 anos.


(detalhe: há 2 dias que ela não desgruda deste vestidinho que a Maria deu de presente, segundo vestido Ovambo da moleca.)

20 novembro 2009

ó eu aí!!!



Windhoek, onde o vento faz a curva. O post do programa que vai ao ar no domingo. Estou até me sentindo famosa (além de super curiosa pois sabe-se lá deus quando eu vou assistir este programa...).

16 novembro 2009

fora de casa


Olás!

A quem interessar:
O programa da GNT mudou de horário.
Será no próximo domingo, dia 22 de novembro, 17:30hs.
Reprises no fim de semana seguinte (sábado 28/11, 06:30 e domingo 29/11, 13:30).

Pra quem quiser ver javalis, rinocerontes, girafas, namibianos, Michael, Julia,
Clarisse, Nampa, Kornelia... Minha casa no fora de casa.

Beijos e abraços!
Nós

10 novembro 2009

estamos juntos

Ando postando muito no Facebook o que obviamente contribue ainda mais para o abandono do transitórios...

...a vida continua corrida, o marido continua no Ghana, a Pixy continua latindo.

Filha sem fralda (iupi!) e falante serelepe. Uma mistura de inglês, português e oshiwambo, portanto nem sempre totalmente compreendida. Obcecada com formigas e aranhas. Em 2 semanas, completa 2 anos... e eu sem entender como assim, passou tão rápido.

Ainda na casa da contabilidade... mês passado completei 4 anos de continente (Moçambique + Namíbia). A vida na África não é tão diferente da vida em outros cantos, e muitas vezes até me esqueço que há um quê de misterioso nesta minha escolha. Apesar de saber que não ficarei em Windhoek pra sempre (e ser grata por este saber), a vida já está bastante enraizada, e é difícil imaginar o recomeço em outro lugar.

Sem noção de para onde caminho. Portanto sigo apenas caminhando.

como dizem os moçambicanos (adoro): "estamos juntos".

30 outubro 2009

marido-no-ghana-cachorro-latindo-e-filha-doente

Hoje, domingo 20hs, retomo meu post rascunhado de sexta-feira. Tentei mas, como podes ver no próprio conteúdo, tá tudo sem rumo. Posto mesmo assim, sem reler muito que é pra não perder o encanto (ui).

"Ando com saudades de mim mesmo. Sabe como é? Quando você acorda, trabalha, carrega filho pra escola, faz o supermercado, e quando vê já está na hora de dormir, e quando abre o olho já são 6 da manhã e o quarto já está claro e a filha já chama lá de longe mamãe, mamãe, e tudo começa de novo. O cachorro late a noite toda e o vizinho liga pra dar um "toque". Porque talvez eu não tenha ouvido que o cachorro latiu a noite toda e ele, coitado, não dormiu nada. O escritório é assaltado 2 vezes em 10 dias, que é pra não ter problemas, dúvidas ou esquecimentos. Eu passo a fazer back-ups a cada 2 dias, pois a vida under pressure tem um quê de saborosismo. O Marido está no Ghana. Por um mês. Consequências na minha vida mundana não precisam ser descritas, certo? Um mês sem marido basta para qualquer alma. Você esquece de pegar dinheiro para pagar o jardineiro no fim do mês. E logo em seguida recebe telefonema da adolescente adotada que não tem mais dinheiro pra pagar o taxi pra ir pro curso de francês, e que também a mesada está atrasada, e tudo é urgente, urgentíssimo. Uma reunião de 5 horas com financiador, seguida de muitas outras reuniões e entre uma coisa e outra banco, correio, e todos os serviços que prenchem o job description de um motor boy. Que no momento sou eu. Não é que tudo esteja ruim, muito pelo contrário, a vida tem dado bons e belos frutos. É que tudo é muito e tudo ao mesmo tempo e eu ando MESMO é com saudades de mim mesma. A filha saiu das fraldas e ontem teve até apresentação na escola. Ela deveria ter cantado umas das songs of Namibia, e feito a tal da coreografia que eu tenho visto numas noites sim, noutras não, enquanto cozinho mas no rabo-de-olho observo, os bracinhos prum lado e pro outro, Namibia from east to west, algo do gênero. Mas na hora do palco, metade da turminha dos Waddle Ducks começou a chorar, a outra metade ficou que nem a a Julia, com cara de não estou entendendo nada, luzes câmera ação e o que mesmo?! As 2 musiquinhas passaram e somente uma miudinha cantou tudinho e ainda fez a abelhinha dançar. Não houve fotos. Seguido o episódio, que foi ontem, a bichinha tem febre febre febre, daquelas de sapo mas intermitentes. Este é meu pobre relato de uma sexta-feira às 19:55hs. Tento me comunicar com Marido no skype, a conexão cai a cada 2 minutos. Tem uma garrafa de vinho na minha frente e penso beber ou não beber..."

Fim do post. Michael liga, tentamos por mais 20 minutos nos comunicar. De África pra África, meus caros, a conexão fica AINDA pior. Resolvo me recolher aos meus aposentos.

Hoje, domingo, sou eu quem estou doente, com dor de garganta e sono. Passei o dia inteiro de pijama, literalmente enrolando a Julia. Abri o sofá no meio da sala, me deitei, e passei o dia falando pra ela trazer os brinquedinhos, livros, DVDs e o que mais quisesse para que brincássemos juntas. Ela assim o fez, e eu dormitava a cada 10 minutos, abria o olho pra ler uma frase de um livrinho ou pra ver a estrelinha que ela agora adora desenhar, fechava o olho de novo, até sonhava. Acho que perdi pontos na categoria mãe.

That's all folks.
Já são 20:20hs e eu estou CAINDO de sono.
beijos abraços e sorrisos
meus

10 setembro 2009

meia-hora de bobeira

me perdoem a volta sera sem acento ou cedilha, estou num computador do tipo que nao consigo escrever direito. mas resolvi escrever mesmo assim porque, pela primeira vez em... quase 2 meses... eu me encontro numa "meia hora de bobeira".

dai resolvi vir contar rapidinho porque ando sumida. a vida deu uma reviravolta destas ruins--mas ja voltou pro lado bom. o michael esteve super doente, e encaramos umas 4 ambulancias, uma evacuacao de Ongwediva (cidade no norte da Namibia) pra Windhoek num voo paramedico, semanas internado, enfim, uma festa. ele teve encefalite, que nem vale a pena aqui explicar. mas ele agora esta otimo, ainda precisa ir 2x dia ao hospital todo dia ate o fim da semana que vem. mas esta otimo. como eh bom viver. este tem sido o lema.

neste maremoto, o trabalho ficou ainda mais pesado, e eu quase sufoquei de tanto estresse, tensao, no na garganta e lista de pendencias por fazer. mas tudo deu certo, a vida continuou andando, e agorinha mesmo, por exemplo, eu me sinto ate feliz. que coisa ne?

ah, sim, outro motivo pelo qual eu quis postar eh porque estreiou na semana passada um programa na GNT chamado Fora de Casa. Serao 13 episodios, um a cada semana, sobre 13 mulheres diferentes, cada uma em um pais do mundo. Os dois primeiros episodios foram na Turquia e em Nova Iorque. Eu sou a personagem do ultimo episodio! (segundo eles eh bom sinal, mas sei lah, neh... vai ver o programa nao rendeu muito, eheheh). Sera no dia 25 de novembro. O programa eh sempre as 9 da noite, e tem umas reprises que nao sei bem quando sao. Aqui neste blog http://colunas.gnt.globo.com/foradecasa/ vc pode acompanhar algumas estorias.

hm... acho que eh isso por ora.

beijo mocada!
ate minha proxima meia-hora de bobeira

20 julho 2009

séria e linda

mais fotinhos da minha cria.

Assim eu começo a semana.

Esse GATO aí é o meu marido, entendem? coisa linda de se ver e beijar.
A senhôura da foto é Olivia, que dirige o Walvis Bay Multipurpose Centre, um dos nossos parceiros.


E para lhes inspirar nesta segunda-feira de manhã... uma mostra das nossas inspirações diárias, inusitadas e bem-humoradas.



12 julho 2009

e assim se passam os dias.

breve oi, beijo, tchau.

ando pegaaaada. burro de carga total. mas tchudo bem.

acabamos de concluir uma auditoria financeira do nosso trabalho (auditoria externa por bichos grandes, obviamente), de modos que agora são 4 anos nas claras, transparência total, limpeza e organização. me tomou meses da vida, me deu cabelos brancos, me quase tirou o fôlego. mas rolou. e, convenhamos, se você dirige uma ong, tem mais é que ter a cara limpa e comprovada, né não. u-hu!

uns moços muito simpáticos, carioquíssimas da gema e ainda por cima zona sules, vieram me fazer uma visita e gravar minha vida durante 4 dias. me senti o ó do borogodó, estrela, com 3 moços ao meu redor tirando foto de tudo quanto é pose e palavra, vos digo. foi uma coisa. tudo indica que estarei no GNT em breve, aviso quando (se souber de antemão, assim o espero). foi uma semana super alto astral, como se tivessêmos assim, tomando chopp no jobi.

no dia em que os cariocas foram embora, chegaram os wakefields, que é minha família australiana super querida e bacana (irmã do Michael, marido e filhotes). passamos quase 3 semanas viajando, alguns dias acampando, outros em hotéis e até mesmo numa treehouse em cima do rio okavango. te mete! maravilha total. Julia se deleitou com os primos e aprendeu que o lance é ter livros pra colorir. nos deliciamos com muitos, muitos, muitos elefantes, girafas, zebras, hipopótamos... e com uma visita inesquecível a uma comunidade San.

ni-qui wakefields se foram, voltamos a vida corrida, com seus grandes e pequenos desafios diários. é muita desaprendizagem para uma pessoa tão miúda como eu!

hoje Nampa e Kornelia voltaram para o hostel após passarem conosco o mid-term break. São do samba estas meninas... passaram todos os dias estudando, e nas noites jogamos muito Uno na beira da lareira.

e para encerrar o breve brevíssimo relato corrido e sem maiúsculas ou revisão apropriada, saiu um escrito meu numa publicação online inglesa Public Service Review: International Development, sobre "the ride of their lives", caso interesse. ;-)

agora em fotos:


minha sala virou um estúdio.

a caminho do deserto, encontramos com um simpático grupo de avestruzes.

Lucy, Michael e Julia em Sossusvlei

farra de primos


San - mulher fazendo colar

dança

Michael lançando uma flecha

amizade

fazendo fogo

our treehouse

leitura na beira do rio com tio Sime

passeio de barco por entre hipopótamos

café da manhã

saudades do babar. uma família de 14.


kiss

beijo de esquimó
wakefields and linke clans



~beijo, tchau~

07 junho 2009

From little things big things grow

Entre posts africanos, um pouco de história australiana. Chega choro quando ouço.

From little things big things grow
Paul Kelly

Gather round people let me tell you're a story
An eight year long story of power and pride
British Lord Vestey and Vincent Lingiarri
Were opposite men on opposite sides

Vestey was fat with money and muscle
Beef was his business, broad was his door
Vincent was lean and spoke very little
He had no bank balance, hard dirt was his floor

From little things big things grow
From little things big things grow

Gurindji were working for nothing but rations
Where once they had gathered the wealth of the land
Daily the pressure got tighter and tighter
Gurindju decided they must make a stand

They picked up their swags and started off walking
At Wattie Creek they sat themselves down
Now it don't sound like much but it sure got tongues talking
Back at the homestead and then in the town

From little things big things grow
From little things big things grow

Vestey man said I'll double your wages
Seven quid a week you'll have in your hand
Vincent said uhuh we're not talking about wages
We're sitting right here till we get our land
Vestey man roared and Vestey man thundered
You don't stand the chance of a cinder in snow
Vince said if we fall others are rising

From little things big things grow
From little things big things grow

Then Vincent Lingiarri boarded an aeroplane
Landed in Sydney, big city of lights
And daily he went round softly speaking his story
To all kinds of men from all walks of life

And Vincent sat down with big politicians
This affair they told him is a matter of state
Let us sort it out, your people are hungry
Vincent said no thanks, we know how to wait

From little things big things grow
From little things big things grow

Then Vincent Lingiarri returned in an aeroplane
Back to his country once more to sit down
And he told his people let the stars keep on turning
We have friends in the south, in the cities and towns

Eight years went by, eight long years of waiting
Till one day a tall stranger appeared in the land
And he came with lawyers and he came with great ceremony
And through Vincent's fingers poured a handful of sand

From little things big things grow
From little things big things grow

That was the story of Vincent Lingairri
But this is the story of something much more
How power and privilege can not move a people
Who know where they stand and stand in the law

From little things big things grow
From little things big things grow
From little things big things grow
From little things big things grow

viagem em etapas: Buffallo

Buffallo Park é parte da zona de conservação do West Caprivi, a faixa estreita que liga o resto da Namíbia às Cataratas Vitória (Victoria Falls), aquela pontinha onde se encontram Zimbábue, Zâmbia, Angola e Botswana. Temos uma amiga morando no parque, Kami, uma voluntária que está trabalhando com as comunidades que vivem no West Caprivi. Passamos 3 dias com ela, visitando o resto da região e um dos nossos próximos projetos com Eramos e Ludwig. Foi simplesmente fantástico. Claro que rolou um certo estresse (da parte da mãe), afinal é preciso andar com cuidado para não esbarrar em hipopótamos, que vêm a noite comer graminha, kudus, que passeiam por entre o acampamento (não atacam, mas não que eu queira me deparar com um tête-à-tête, certo?), e demais bichinhos... assim... bichinhos em geral... tipo...hã... bem... em nossa visita ao parque o Michael viu uma leoa, e só então soubemos que há leões, leopardos e demais felinos na área... estive a ponto de fechar as malas e partir, porque todos sabem que combinação criança pequena e felino não rola. Decidimos ficar, no entanto, e foi só mesmo causo de atenção redobrada. Divertido, né? Se chama morar na Á-África!


mais fotos...

02 junho 2009

"a humanidade faz a sua própria história"

o que Eric Hobsbawn espera sobre o futuro:

"Se a crise ambiental global não for controlada, e o crescimento populacional estabilizado, as perspectivas são sombrias. Mesmo se os efeitos das mudanças climáticas possam ser estabilizados, produzirão enormes problemas que já são sentidos, como a crescente competição por recursos hídricos, a desertificação nas zonas tropicais e subtropicais, e a necessidade de projetos caros de controle de inundações em regiões costeiras. Também mudarão o equilíbrio internacional em favor do hemisfério Norte, que tem largas extensões de terras árticas e subárticas passíveis de serem cultivadas e industrializadas. Do ponto de vista econômico, o centro de gravidade do mundo continuará a se mover do Oeste (América do Norte e Europa) para o Sul e o Leste asiático, mas o acúmulo de riquezas ainda possibilitará às populações das velhas regiões capitalistas um padrão de vida muito superior às dos emergentes gigantes asiáticos. A atual crise econômica global vai terminar, mas tenho dúvidas se terminará em termos sustentáveis para além de algumas décadas. Politicamente, o mundo vive uma transição desde o fim da Guerra Fria. Se tornou mais instável e perigoso, especialmente na região entre Marrocos e Índia. Um novo equilíbrio internacional entre as potências — os EUA, China, a União Européia, Índia e Brasil — presumivelmente ocorrerá, o que poderá garantir um período de relativa estabilidade econômica e política, mas isto não é para já. O que não pode ser previsto é a natureza social e política dos regimes que emergirão depois da crise. Aqui as experiências do passado não podem ser aplicadas. O historiador pode falar apenas das circunstâncias herdadas do passado. Como diz Karl Marx: a humanidade faz a sua própria história. Como a fará e com que resultados, muitas vezes inesperados, são questões que ultrapassam o poder de previsão do historiador."

Parte da entrevista dada por ele pra Revista Sem Terra, divulgada nos sites da Alê. Vai lá ler...

***

Na entrevista, Hobsbawn cita Amartya Sen, que indico aqui para quem não conhece -- seus artigos (e principalmente o livro Development as Freedom) foram, para mim, das melhores leituras que já fiz na vida. Colocou a caixola pra pensar, criar, produzir, AGIR. Acho mesmo que o "meu descobrimento" de Sen é uma das origens de muitas de minhas escolhas. Fiquei até emocionada agora ao pensar, e rapidamente o capturei na estante. Voltará para minha mesa de cabeceira, pois está na categoria tem quer ler vez ou outra, que é pra não se acomodar na vida jamais. Afinal de contas, a história já está sendo feita, e somos TODOS autores ativos.

01 junho 2009

Minha pingüim

Acordamos cedo, nos arrumamos prontamente, café da manhã reforçado, mochilinha nas costas. Como Michael está viajando e o nosso carro pessoal ainda não está na garagem, fomos atrás de um dos taxis lotação. Julia num braço, no outro computador, bolsa e mochila. Chegamos no Little Penguins 7:30hs, a escolinha mais concorrida do pedaço (entramos na lista de espera quando a pequena estava recém-nascida). Entrei na salinha dos Waddle Ducks (a turma dos miúdos) sem saber direito o que fazer, e lá estavam as tias Jackie e Thelma. Achei que a Julia fosse chorar, ficar meio perdida, mas ela logo se inteirou com uns patinhos de plástico e eu sai de mansinho. Quem chorou foi eu, enquanto esperava por um táxi para me levar ao trabalho. Emoção pura!

30 maio 2009

viagem em etapas: do Okavango para o Zambezi

Após um lindo pôr do sol no rio Okavango, fomos direto para o Zambezi, o 4º maior rio africano que vai do Zâmbia até Moçambique. No caminho, paramos para uma atividade literalmente debaixo de uma árvore em Singalamwe, uma vila perto da fronteira com Zâmbia. O mais gostoso das nossas viagens para o interior é carregar a Julia enquanto a gente trabalha. Ela adora, e de certa forma parece que sabe mesmo como se comportar! Em Singalamwe ela ficou brincando com terra. Em Divundu, onde estivemos no dia seguinte, ela ficou correndo atrás das galinhas e latindo para as cabras. Quando ela está cansada, se aproxega, senta no nosso colo, e fica só observando as pessoas. Super fofa. Eu e Michael amamos nossas viagens para visitar os projetos. É quando tudo tudo tudo faz um sentiiido. Às vezes no meio das conversas, a gente troca um olhar para confirmar o que o outro está sentindo/pensando, e nestas horas sabemos que não poderíamos ter feito outra escolha na vida.




mais fotos

26 maio 2009

viagem em etapas: Okavango.


Okavango. Norte da Namíbia, o rio delimita a fronteira, do lado de lá é Angola. Um dos meus lugare preferido no país, e por onde me apaixonei na minha primeira visita, em 2006. O encontro com o grupo de voluntárias foi na igreja da vila, com a headwoman. Danças ao chegar, reza no início e no final da discussão, traduções e um português angolano de fronteira no meio do caminho para ajudar. Michael ficou de baby-sitter, mas no final das contas Julia sempre vai parar no colo de alguém.

fotos aqui.

23 maio 2009

viagem em etapas: Grootfontein, Roy's Camp

Grootfontein fica a mais ou menos 400km de Windhoek. Geralmente, quando viajamos para as regiões no norte do país, vamos direto, cobrindo 700-1200 km de uma vez só. No entanto... com Julia... a coisa muda de jeito. Tivemos que planejar a viagem em etapas. Portanto resolvemos ficar no Roy's Camp em Grootfontein como primeira parada. Aproveitamos a manhã do dia das mães para uma deliciosa caminhada na savana. Vimos zebra e warthog, pertinho pertinho! Mais algumas fotinhos.


tomates verdes


Prometo que vou me dedicar, nos próximos dias, a colocar fotos da nossa viagem ma-ra-vi-lho-sa para o Kavango e o Caprivi. Enquanto isso, veja aí a Julia se deliciando com tomates verdes na nossa horta.

mais do mesmo no flickr

07 maio 2009

eu, hoje.

Poucos twittes mas suficientes para me tirar ainda mais daqui. Sem culpa, ou com culpa, depende do minuto em que se sente. Amigos que vêm e vão, passam a noite com um colchão sobre o outro porque são ambos furrecas de mais. Vinhos e risotos que Michael faz, e também espagueti com mussels, tudo bom demais. E trabalho, muito, demais, exagerado. E Julia, linda e levada. Partimos pro Caprivi sábado, animada. Carregamos a barraca de acampar e demais utensílios, mas tentaremos ficar em hóteis e pousadas o quanto possível. Bem mais fácil em se tratando de viagem com a pequena. 1 semana fora. Computador agora tme 2 gb, ui. Vinho português acabou rapidamente, foram 2 taças e vapt. Também o livro do Garcia Marquez. Michael trouxe vários livros do Canadá, as coisas que andam lançando por aí mundo afora, e também um sabonete líquido da Body Shop que é tuuuudo de bom (warm amber, não vou linkar porque me dá preguiça procurar no google). Trouxe também uma bolsa inteira, inteira mesmo, umas 30 ou mais barras de chocolate. Cadbury pagou pra ele ir, imagina. Mesmo com todas as barras que damos de presente, ainda sobram muitas. Fora os chocolates e manteigas e doces de maple syrup. Dos deuses. Pecadésimo mesmo, do bom. Ando tão atarantada com trabalho, uma coisa inimaginável.

27 abril 2009

de lua no twitter

mamãe decidiu largar de ser besta e antiquada e começar logo a postar no twitter antes que fique pra trás nos assuntos da modernidade. ela fica reclamando que, afinal, desde que cometeu orkucídio, em 2004, e eliminou os 5 e-mails extras, havia se prometido que não gastava mais tempo útil contando sobre a vida por aí. mas como ela não presta, desde então se rendeu e hoje já tá de novo com 3 blogs e o tal do twitter.

mas deixe estar... daqui a pouco ela some de novo... que esta minha mãe é de lua.

http://twitter.com/transitorios

19 abril 2009

fim de semana de fazendinha



domingo à noite, mamãe tá cansada. mas eu até que me diverti bastante neste fim de semana!

17 abril 2009

curropiola

acabei de me apaixonar pelos curropios, caderno lindinhos demais da conta!... se alguém quiser me dá um de presente, tô aceitando!!! é só mandar pra Po Box 23150 - Windhoek, Namibia. ;-)

entre porcas e parafusos

São 7:46 da manhã e eu tenho 2 horas pra fechar uma tradução que estou fazendo, de um manual de mecânica de bicicleta, do inglês para o português. Gente, TENHA DÓ. Não sei porque cargas d'água eu aceito estas incumbências malucas. Mas o causo é que temos uma parceria com a UNHCR (que vem a ser o Alto Comissariado da ONU para Refugiados), no campo de refugiados de Osire, que fica há uns 300km de Windhoek. O fator meio bizarro é que 76.5% dos 6.500 refugiados no campo são angolanos que há MUITO já não carecem de refúgio... O restante vêm da República Democrática do Congo, Burundi, Sudão, Etiópia, Libéria, Congo-Brazzaville, Ruanda, Quênia e Tanzânia. O campo foi criado em 1992, e em 1998 chegou a ter uma população de 20.000 refugiados. Fazemos parte de uma iniciativa de oferecer cursos técnicos, para aumentar a empregabilidade dos residentes (fora e dentro do campo -- o local é uma cidadela, para a qual se precisa de visto de entrada e saída).

Eu acabei aceitando a tradução (que eu mesma demandei, exxperta), porque é um manual super técnico, e seria uma chatisse achar alguém aqui com este conhecimento tão específico. Não que eu o tenha, obviamente não tenho, mas de certa forma não achei que seria tão sofrido. Além do que, uma partezinha do conteúdo eu já havia traduzido quando estava em Moçambique, pois distribuímos bicicletas para camponesas que precisavam aprender como mantê-las e consertá-las, coisa e loisa. Mas estas 26 páginas que encaro neste momento me custaaaaaram a sair. Tudo bem, saiu, e ainda por cima evitando todos os gerúndios possíveis, pois português angolano não se ouve muito gerúndio. Mas não foi mole não, entender exatamente a diferença entre um locknut e um lockring, que de certa forma são a mesma coisa (porcas de trava), uma pequena coisa que eu não sei identificar, se quer nomear, let alone traduzir para angolano.

Enquanto isso... nestes mesmos dias... eu me encontro com o Ministério de Comércio interior e estabelecemos uma parceria para um dos nossos programas de projetos de geração de renda. Me encontro também com 4 agências de desenvolvimento - americanas, espanhola, EU - para afinar projetos e financiamentos. Preparo tudo para auditoria financeira da nossa organização que acaba de começar. Preparo uma apresentação a ser feita para o Ministério da Saúde e demais agências envolvidas nos centros de teste de HIV (coordenamos uma campanha este ano para aumentar o número de testes em 17 unidades no país, e os resultados foram maior do que jamais visto nestas bandas... em algumas unidades, 614% maior, imaginem. Agora todo mundo quer replicar o modelo, obviamente).

Acho que ando deveras versátil, cheia de energia, e apenas com poucas olheiras (disfarçáveis com meu creminho da natura que já data de 7 anos).

***

Enquanto isso o maridão tá lá na neve, se deliciando com pirulito de maple syrup, dando entrevistas para TV, rádio, jornais, revistas canadenses, surtando no consumo com o qual não estamos mais acostumados (mas como não há muita bufunfa, o surto fica restrito, ufa). No lado de cá, eu e Juju estamos curtindo um momento mãe e filha. E está sendo uma delícia, ainda que cansativa a vida de mãe solteira. Quando o pai está por perto, "ela é do papai". E de preferência mamãe, não chegue perto, que meus chamegos são pro papai, e somente. Mas aí, não tendo pai por perto, ela decidiu compartilhar comigo todo seu amor e carinho e eu ando recebendo muitas cafungadas no pescoço. Tudo bem que nessa noite, o tal do dente que está a chegar (13º já) deixou a moçoila do-i-da, e passamos a noite toda acordadas, abraçadinhas entre choros e carinhos. Mas reclamar por quê, né não? Estou exausta, mas mesmo assim de bom humor. Vejam só..




13 abril 2009

indexed para inspiração diária



indexed.
minhas doses diárias de inspiração.