** A barriga cresce e cresce, as pessoas olham na rua e abrem o sorriso. O cabelo compriiido, cresceu mais nos últimos meses do que em 2 anos inteiros.

** A agenda cheia de reuniões. Pego taxis de um lado pro outro, porque não dá mais pra pedalar. Os taxistas nunca sabem os nomes das ruas, e o rádio sempre nas alturas. Às vezes as músicas são angolanas. Mas de um modo geral é the Dogg e Gazza, os rappers "do mal".

** Muito triste pelas notícias recentes do lado daí do Atlântico.

** Eu preciso agora inventar toda uma metodologia de pesquisa e acabo de me dar conta que meus neurônios andam ocupados de mais para isso. Afinal, como posso pensar em acesso a serviços de saúde para pessoas com HIV quando leio sem parar sobre como cuidar de cria? Dá não, honestamente. É tudo uma questão de prioridades individuais. ;-)

** Após uma tarde na frente do computador tentando achar A solução para minha angústia (a tal divergência de prioridades supracitada), o Peanut deu-me uma cutucada que me mandou direto para a banheira com água quentinha. Nessas horas, só mesmo cantando a musiquinha do Kokaburra. Faz parte dos privilégios. E das prioridades.

** O Presidente do Congo está de visita, as ruas cheias de bandeirolas. Aliás, o que se gasta aqui com bandeirolas em visita oficial não tá no gibi.

** Li sobre uma pesquisa que diz que a maior parte dos pais brasileiros acham que "a principal prioridade na educação das crianças é prepará-las para serem adultos bem sucedidos profissionalmente". Ah, não. Quero isso pra meu filhote, não. Que pressão, cara! Ninguém vai reclamar se for bem sucedido/a, mas quero é que seja feliz, e isso não me parece única e exclusivamente ligado à vida profissional. Utópica de mais? Pois é exatamente como quero ser.

** Louca para ler o novo Harry Potter. O filme vou assistir na sexta, no único cinema em Windhoek. Com 4 salas. É, pensa que é mole morar em cidade de 300 mil habitantes?

** Na lista de filmes recentes e recomendadíssimos (por mim) está Red Dust, sobre a Truth and Reconciliation Commission na África do Sul pós-apartheid.

"IT IS NOT ENOUGH TO SAY LET bygones be bygones," Archbishop Desmond Tutu said, speaking with great conviction. "Indeed, just saying that ensures it will not be so. Reconciliation does not come easy. Believing it does will ensure that it will never be. We have to work and look the beast firmly in the eyes. Ultimately you discover that without forgiveness, there is no future". (daqui)

Coincidentemente, nesta semana me deparei por aqui com debates interessantes sobre o porquê da Namíbia ter optado por não seguir os mesmos passos sul africanos na tentativa de reconciliação... Afinal, foi tudo parte da mesma luta. Mas parece que se houvesse aqui um "vamos falar sobre o que aconteceu", viria sujeira de tudo quanto é lado, inclusive da SWAPO (South West Africa People's Organization), líder no movimento de independência. Como sempre, nem tudo é tão óbvio assim.

** Aqui o que marca a vida não é nem ouro, nem prata, nem bronze. Aqui só dá platina, e de design exclusivo, claro. Que é pra não tirar nunca, nunca mais do dedo. Que assim seja.