28 fevereiro 2008

das coisas como tem sido

Tem sido assim. Vamos mudar de casa em 1 mês. Amamos a casa onde moramos e já estamos nos despedindo, já saudosos, a cada minuto. Mas vamos para uma casa ainda mais linda, espaçosa, aconchegante, bem cuidada, perto da vida ativa, enfim. Aquilo tudo de bom. Até quadrado de areia pra Julia tem, e piscina, jardim encantador, laguinho, lareira, quarto pra hóspedes. Parece mesmo casa de campo, uma belêuza.

Ontem choveu granizo. Estava eu na calçada, com compras de supermercado no pé, esperando marido passar de carro. Senti uma coisinha batendo em mim, quase doeu. Achei estranho, e vi que começava a chover com pingos grossos, e que não molhavam imediatamente o chão. Eram como bolas de gudes (das pequenas) que ao cair se espatifavam. Lindo. Agora vale comentar que na Namíbia, estranhamente, CHOVE, quem passa por aqui nestes meses sai com a errônea impressão de que aqui só chove mesmo. Nunca vi! Chove dias e noites. E são chuvas longas, não as habituais de 15 minutinhos. Chove de alagar. E todo mundo corre porque aqui, como não chove, as pessoas nem usam guarda-chuva. E o País está todo verde, mas lembre-se que as cores normais são pastéis, tipo cor de secura. Quiçá as plantas sofrem, precisando crescer assim, nesta rapidez toda de planta que recebe água todo dia. O mundo está mesmo de cabeça para baixo.

E nós nos preparativos para uma rápida viagem de carro em março de Windhoek à Pretoria, capital da África do Sul, cortando o sul da Botswana. Viagem por questões burocráticas, com trabalho acoplado por oportunidade. Mas vá lá, não é todo dia que se cruza o deserto Kalahari, de modo que não dá pra reclamar.

Antes de Botswana-Pretoria iremos por alguns dias na região norte, Kavango, para trabalhar. Julia é quem aproveita essa vida boa de conhecer os arredores. E depois, em Maio, encaramos umas 30 horas de avião e rumamos à Australia--ou óstrêia, como dizem eles mesmos, os óstrêianos--para 1 mês inteirinho com a família do lado de lá.

Desde que minha mãe foi embora que tenho cozinhado quase todo os dias, coisa de esposa empenhada. Mas semana que vem volto ao trabalho--fato que ainda não sei se me deixa triste ou feliz--então vamos ver como fica este furor todo de cozinhação.

E por fim, Julia. Ah, Julia. Linda demais. E conversadeira. Amanhã será primeira aulinha de natação, eu e ela. Depois eu conto.

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