Sandman

Num tempo antigo e diferente do meu tempo de hoje, eu fui apresentada ao Sandman, e me apaixonei perdidamente. Li tudo o que me havia à disposição. Tinha sonhos e pesadelos com os personagens loucos e reais. Delirava. Mesmo sem Sandmans por perto (e sem nerds para trocar um dedo de prosa), cultivei as referências. Em maio comprei uma lembrancinha pra mim mesma lá em Melbourne, numa livraria só de quadrinhos, e foi difícil, te digo, queria mesmo era comprar toda a coleção só pra ficar relendo e namorando os personagens lindos. Principalmente Death, a mais linda de todas.

Num tempo antigo outro também, eu tive o privilégio de ir ao primeiro Flip. Na verdade, eu me deleitei com o projeto Flip no papel, pois trabalhar na Articultura era assim, a gente tinha acesso a vários projetos antes mesmo deles virarem realidade, enquanto ainda estão na fase de captação. E lembro que no papel era lindo, e depois nas ruas de Paraty era tudo mais do que lindo (e eu ainda tive o maior privilégio de todos que foi assistir ao Eric Hobsbawm de pertinho).

Eram tempos bons.

Pois bem.

Segunda-feira de manhã, navego sonolenta para saber a quantas anda o mundo. Olho rapidamente os posts no meu GoogleReader e paro na lista do Blog do Tas.

Ahhhhhh.

Gaiman no Flip.

Leio de novo.

Gaiman no Flip.

Gaiman, aquele mesmo, no Flip, aquele mesmo. (acho que só eu não sabia).

Cara de taxo (lembra desta expressão?). Pois é: eu com cara de taxo. Gaiman no Flip e eu aqui. Deu até vontade de chorar. Ó vida cruel.

(foto do Tas, que moderou a mesa com o Gaiman, e que neste exato momento eu considero o cara mais sortudo da face da terra.)