Stop the silence

"Stop the silence" é o que se ouve nas ruas, o que se vê nos jornais, o que se lê nos e-mails que baixam no inbox de tempo em tempo. "Stop the silence" é o que pedem os ativistas de direitos humanos frente ao silêncio estarrecedor e passivo dos governantes e demais líderes dos países aos sul da África. "Stop the silence, stop the violence", algo tem que ser feito em relação ao que acontece no Zimbábue. E o que acontece no Zimbábue? De forma simples, para os amigos pouco antenados, é um cala-boca geral de todo mundo que está contra o Mugabe. Um bota casa e assentamentos urbanos pra baixo - tudo com argumento de limpeza/reorganização urbana -, mas é sabido que são focos específicos, áreas de clara oposição política. Uma porradaria aberta e sem pudor. Só nesta semana três da oposição apanharam feio enquanto estavam no aeroporto em Harare esperando vôos para viagens internacionais. E não puderam sair do País, a regra agora é oposição não põe os pés fora daqui. Todo mundo arrebentado na capa dos jornais. Mugabe tem uma marca entre a boca e o nariz que mais parece um bigodinho do Hitler, mas vá lá entender por que os governantes da Namíbia o recebem de braços abertos, com bandeirolas espalhadas pelas ruas. A bandeira e a foto do dito cujo colorindo Windhoek, enquanto ativistas passeatam indignados.

** Para uma explicação mais detalhada (e inglês) sobre o que se passa no lado de cá do mundo, dá uma bisoiada aqui.