01 junho 2007

quarto de bebê

Ainda faz frio, e a tendência é piorar, claro. Talvez eu já tenha me acostumado, talvez o frio esteja mais ameno, mas o fato é que não ando tão desesperada. Semana que vem completamos 4 meses de uma gravidez com muito, muito enjôo, e partimos rumo ao bem-estar. Assim deve ser. Sou um baiacú, obviamente, pois não páro de comer (ainda que coisas boas e saudáveis e muita água e muita fruta). Mas tento ser um baiacú feliz. Desespero entrar em lojas de móveis de bebê. Mas hoje, fuçando aqui e ali descobri, finalmente, que existe um classificados de móveis de bebê de segunda mão! Tudo em Windhoek é assim, escondido. Tem que rebolar para encontrar. Ou se familiarizar com a comunidade africâner, o que não tá na minha lista de to do's. Aos poucos me infiltro, mas sem ser percebida (será?). No último ultrasom vimos o amendoinzinho (que já é do tamanho dum bife) mexendo muito, as pernas num sapateado só. E nos aliviamos com a notícia de que não são gêmeos (por um mês a incógnita--e o desespero--estavam no ar). Em breve terei que convencer meu médico a me deixar viajar para fazer uns trabajitos de campo, pois o financiamento para a pesquisa está na porta. Junto com várias outras organizações super bacanas vamos avaliar como falta de serviços de transporte limitam o acesso a serviços saúde (emergências, acesso a medicamentos especialmente ARVs, e cuidados domiciliares) para pessoas com HIV/AIDS. Eu sei, o tema parece longo e esquisito, mas é real, e visível. Mas sabe uma sensação assim, meio que de desespero? Pela primeira vez NA VIDA vários financiamentos de projetos diferentes estão saindo ao mesmo tempo. E aí, faz o que Zé Mané? Ando com preguiça de trabalhar, eu que sempre fui assim um exagero. Mas na verdade, eu só queria ficar montando quartinho de bebê, com girafinhas, elefantinhos, zebrinhas...